quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Nunca

"Nunca" é mais uma composição de Lupicínio Rodrigues (1914-1974), o rei da dor de cotovelo.

A canção foi lançada por Dircinha Batista no ano de 1952.
Três de suas músicas mais conhecidas foram, reza a lenda, compostas para uma mesma mulher (dentre elas, "Nunca"). Aliás, parece que a lenda não é muito precisa, pois há quem diga que foram quatro e não três as músicas compostas para esta mulher, e as diferentes versões listam diferentes músicas também.

Lupicínio Rodrigues

Lupicínio conheceu sua noiva, Inah, em Santa Maria, apaixonando-se perdidamente por ela. Porém, Inah não aguentou a vida de boêmio que Lupe levava e, no começo de 1939, terminou o romance com ele. Depois, então, ele conheceu Mercedes, “a carioca”, por quem passou a nutrir profundo afeto, e a quem deu uma casa para morar, como era costume os homens fazerem naquela época.
Nessa época ele tinha um amigo que estava enfrentando sérias dificuldades, e nos fundos da casa de Mercedes havia uma outra casa, que Lupe generosamente facultou ao amigo, para que este não ficasse desabrigado.
Um dia Lupicínio foi viajar, e o amigo ficando assim tão próximo da 'carioca' não resistiu ao seus encantos...
Lupicínio então mandou Mercedes embora, e mandou o “amigo” ir ao mundo — não necessariamente nessa ordem — e então compôs a primeira música para ela: "Nervos de Aço".

Depois, segundo a versão que se conhece da lenda, Mercedes teria se arrependido e pedido para voltar para Lupicínio, cujo amor profundo e verdadeiro ela reconhecia, o que propiciou que ele escrevesse, em resposta a seu pedido, a segunda canção para ela: "Nunca".
Contam, então, que alguns anos se passaram, e num certo carnaval, num baile a que Lupe não foi, seus amigos encontraram a carioca embriagada e mortificada. Quando estes contaram a Lupicínio que a haviam encontrado em tal situação ele compôs a terceira música para ela, que foi um enorme sucesso, "Vingança".

"NUNCA"
(Lupicínio Rodrigues)

Nunca
Nem que o mundo
Caia sobre mim
Nem se deus mandar
Nem mesmo assim
As pazes contigo farei

Nunca
Quando a gente perde a ilusão
Deve sepultar o coração
Como eu sepultei

Saudade,
Diga a essa moça, por favor
Como foi sincero o meu amor
Quanto eu a adorei tempos atrás

Saudade,
Não se esqueça também de dizer
Que é você que me faz adormecer
Pra que eu viva em paz.

Fonte: Blog do Janio.


























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