terça-feira, 20 de novembro de 2012

Chega de Saudade

Esta é a música considerada como o marco da bossa nova. Teve letra escrita por Vinícius de Moraes (1913-1980) e música composta por Antonio Carlos Jobim, Tom Jobim (1927-1994) em meados dos anos 50.

Foi gravada pela primeira vez pela “Divina”, Elizeth Cardoso. Essa gravação teve arranjos de Tom Jobim e acompanhamento de João Gilberto ao violão. A versão de Elizeth foi lançada em maio daquele mesmo ano no álbum-projeto Canção do Amor Demais pelo selo Festa, onde se ouviu pela primeira vez a batida inovadora da bossa nova.
Alguns meses depois, a canção recebeu novas versões, primeiro pel'Os Cariocas, através de disco Columbia e também por João Gilberto, num 78 rotações lançado pela Odeon em julho que tinha, no lado B, a música Bim Bom, de autoria do cantor.

Desconhece-se a origem dessa batida de violão inovadora da bossa nova, mas credita-se a João Gilberto essa inovação. Alguns estudiosos da MPB acreditam que há uma grande influência ‘jazzística’ nesse acompanhamento acelerado.

Não se conhece também quem deu origem ao termo “bossa nova”, que significa ‘uma maneira nova de tocar samba com muita graça’.

Em 2007 foi lançado um filme homônimo sob a direção de Laís Bodanzky. “Chega de Saudade” conta, numa única noite, várias histórias vividas pelos freqüentadores de um salão de baile. Com muita música e dança, os acontecimentos fazem o espectador se sentir dentro da vida pulsante do baile. Sutil e empolgante, o filme, aos poucos, faz o espectador se sentir íntimo dos personagens e dentro do salão. A música fez parte da trilha do filme.

A música “Chega de Saudade” esteve na trilha da novela “Ciranda de Pedra (2008 – Tom Jobim) e da minissérie “Hilda Furacão (1998 – Tom Jobim)


CHEGA DE SAUDADE
(Vinícius de Moraes / Tom Jobim)


Vai minha tristeza
e diz a ela que
sem ela não pode ser

Diz-lhe numa prece
que ela regresse,
porque eu não posso mais sofrer

Chega de saudade,
a realidade é que
sem ela não há paz
Não há beleza
É só tristeza e a melancolia
que não sai de mim,
Não sai de mim,
não sai

Mas se ela voltar, se ela voltar,
que coisa linda, que coisa louca

Pois há menos peixinhos a nadar no mar,
Do que os beijinhos que eu darei na sua boca

Dentro dos meus braços os abraços hão
de ser milhões de abraços
Apertado assim, colado assim, calado assim,
Abraços e beijinhos e carinhos sem ter fim

Que é prá acabar com esse negócio
de viver longe de mim
Não quero mais esse negócio
de você viver assim
Vamos deixar desse negócio

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