terça-feira, 20 de novembro de 2012

A Flor e o Espinho

“A Flor e o Espinho” é uma composição de Nelson Cavaquinho(1911-1986) , Guilherme de Brito(1922-2006) e Alcides Caminha(1921-1992) .

A canção foi gravada inicialmente pelo cantor Raul Moreno (disco Todamérica), em 1957, mas não alcançou grande destaque. Foi regravada então em 1964 por Elizeth Cardoso no disco “Elizeth Sobe o Morro” e assim atingiu enorme sucesso de público e crítica.

Sérgio Porto considerava os versos iniciais de "A Flor e o Espinho" uma das mais belas imagens de nosso cancioneiro: "Tire o seu sorriso do caminho / que eu quero passar com a minha dor". Na verdade, estes versos que são de Guilherme de Brito - ficaram tão famosos, que se tornaram uma espécie de marca registrada da obra de Nelson Cavaquinho, que é autor somente da melodia. Aliás, em todas as composições da dupla, Nelson fez sempre as melodias e Guilherme as letras.

“A Flor e o Espinho" é uma composição (feita durante um encontro na Praça Tiradentes, no Rio) que sintetiza o estilo poético/musical da dupla, marcado por um lirismo angustiado, pessimista, em que ressalta uma constante preocupação com a morte e as tragédias da vida. Isso, de certa forma, contrasta com a personalidade de Nelson, por toda a vida um boêmio irreverente, inveterado trovador de botequim.

Carlos Caminha, que também participou da composição, é nada mais nada menos que o conhecido cartunista erótico das décadas de 60/70 Carlos Zéfiro.

“A Flor e o Espinho” fez parte da trilha sonora do filme “Sabor da Paixão” ou, no original “Woman on Top” (2000 - Paulinho Moska).


A FLOR E O ESPINHO
( Nelson Cavaquinho, Guilherme de Brito, Alcides Caminha)

Tire o seu sorriso do caminho
Que eu quero passar com a minha dor
Hoje pra você eu sou espinho
Espinho não machuca a flor
Eu so errei quando juntei minh'alma a sua
O sol não pode viver perto da lua
Tire o seu sorriso do caminho
Que eu quero passar com a minha dor
Hoje pra você eu sou espinho
Espinho não machuca a flor
Eu so errei quando juntei minh'alma a sua
O sol não pode viver perto da lua
É no espelho que eu vejo a minha magoa
A minha dor e os meus olhos rasos d'agua
Eu na sua vida já fui uma flor
Hoje sou espinho em seu amor

Eu so errei quando juntei minh'alma a sua
O sol não pode viver perto da lua

Tire o seu sorriso do caminho
Que eu quero passar com a minha dor
Que eu quero passar com a minha dor.

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