quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Escurinha

Geraldo Pereira (1918/1955) emplacou para o carnaval de 1951 o samba “Escurinha”, de sua autoria e Arnaldo Passos, interpretado por ele mesmo.

Gravada pela Sinter, novata no mercado, a música, apesar de suas óbvias qualidades, não obteve a atenção devida da gravadora e nem foi batalhada como devia por Geraldo. Desse modo, passou despercebida pelos divulgadores e radialistas, não vendendo praticamente nada. De qualquer modo, fez relativo sucesso junto aos foliões, deixando o compositor animado com sua carreira de cantor.

Arnaldo Passos

A composição – mais tarde redescoberta por Zizi Possi, incluída no CD “Valsa Brasileira” e tornando-se uma das responsáveis pelo retorno da cantora à nata da música popular brasileira – é um primor da excelência de Geraldo Pereira, com ritmo sincopado, letra e música casando-se em perfeita harmonia.

Geraldo Pereira

Fez parte da trilha sonora do documentário “H.O. (Helio Oliveira) – Memórias de Arquivo (2007)”.


Escurinha
(Geraldo Pereira/Arnaldo Passos)

Escurinha, tu tens que ser minha de qualquer maneira
Te dou meu boteco, te dou meu barraco
Que eu tenho no morro de Mangueira
Comigo não há embaraço
Vem que eu te faço meu amor
A rainha da escola de samba
Que o teu nego é diretor
Quatro paredes de barro, telhado de zinco
Assoalho no chão, só tu escurinha
É quem está faltando no meu barracão
Deixa disso bobinha, só nessa vidinha levando a pior
Lá no morro eu te ponho no samba
Te ensino a ser bamba, te faço a maior Escurinha, vem cá!










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